Quase um ano depois, resolvo voltar a esta página na tentativa de uma pequena terapia. Estou passando pelo chamado momento FOSSA. Aquele em que você termina um relacionamento e se sente uma bosta fedida boiando no rio Tietê. Sim, meninas e meninos ou ninguém, é assim mesmo que nos sentimos. Ainda mais quando o cara fez de tudo pra ficar com você no início - e você não gostava dele. O cara fez de tudo mesmo: cartas de amor, flores, bombons, gentilezas, enfim, tudo o que uma mulher espera de um homem perfeito. Resultado: a garotinha aqui caiu no conto da carochinha e acreditou no amor desse príncipe; se transformando, então, em tudo o que ele queria. Tudo ia lindo, eles andavam de mãos dadas no bosque e passeavam a cavalo todas as tardes fazendo planos e juras de um futuro não tão próximo. Quando de repente, não mais que de repente, o mocinho romântico começa a demonstrar uma frieza que, ao coração da mocinha - que ERA a pessoa mais seca do mundo e que acabou se derretendo aos encantos do rapaz- soou muito estranho. Resumindo, quando ela o desprezava ele a amava, quando ela passou a aceitar esse amor e a deixar com que ele entrasse de vez em sua vida e em seu coração, foi a vez do mocinho ter dúvidas em relação aos sentimentos dele por ela.
Sei que essa deve ser uma história até repetitiva, né?!! Porém, tem me doído muito. De verdade! Sei lá, entendo que as pessoas não podem mandar em seus sentimentos, mas também sei que as pessoas não têm o direito de entrar na vida uma das outras, bagunçá-las e transformá-las e depois sumir como se nada tivesse acontecido. Poxa, odeio cair no estereótipo de dizer que "os homens são todos iguais", mas a minha vida amorosa só vem a confirmar tal tese. Poxa, quando achei que dessa vez viveria a MINHA história de amor, àquela que ainda não consegui viver tendo já 25 anos, venho e recebo um balde de água fria.... UMA FODA.
É claro que estou contando a história muito por cima. Muita coisa aconteceu e eu também não fui a princesa perfeita. Enfim, uma loooonga história.
O foda agora é conviver com a ausência, sabe?! Ouvir músicas idiotas e lembrar de momentos; evitar lugares pra não ter a lembrança; evitar olhar os presentes que ele me deu; evitar parentes que sabem o que aconteceu mas fazem questão de te perguntar "cadê o fulano?"... Tirando aquela insônia idiota e a falta de apetite, né?
Sabe, já passei por isso outras vezes. Porém, desta vez, a dor tá me corroendo mais. Acho que porque foi a primeira vez que construí algo bonito com alguém.
Vai passar, afinal (piadinha bem idiota) até a uva passa.
E Engenheiros é a banda da fossa da vez.
"O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde e eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor
O que você não pode, eu não vou te pedir
O que você não quer, eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer (...)"
O que você não quer, eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer (...)"
